Quando atuamos na reabilitação neurofuncional do paciente após um acidente vascular cerebral sabemos que o aprendizado sobre essa patologia é constante. De acordo com a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), o acidente vascular cerebral está em 2º lugar das dez principais causas de morte no mundo (2018), ou seja, das 56,9 milhões de mortes que ocorreram no mundo no ano de 2016, mais da metade (54%) está relacionada a estas causas. A cardiopatia isquêmica e o acidente vascular cerebral são os maiores causadores de mortes no mundo e foram responsáveis por um total de 15,2 milhões de óbitos em 2016, visto que essas doenças permanecem como as principais causas de morte global nos últimos 15 anos. De acordo com o COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), o campo de atuação do profissional da saúde na reabilitação neurofuncional de indivíduos após Acidente Vascular Cerebral se caracteriza pelo exercício em todos os níveis de atenção à saúde e em todas as fases do desenvolvimento ontogênico, com ações de prevenção, promoção, proteção, educação, intervenção, recuperação e reabilitação. Recentemente, aproximadamente 7,0 milhões de americanos com idade ≥ 20 anos relataram ter tido um AVC e a prevalência geral de AVC foi estimada em 2,5% (WHO, 2014; Brasil. Ministério da saúde, 2016). Na amostra nacional de pacientes internos, as hospitalizações por AVC isquêmico agudo aumentaram significativamente para homens, mulheres e para certos grupos raciais/étnicos de 18 a 54 anos. No período de 1995 a 2011/2012, as taxas de hospitalização por AVC quase dobraram para homens de 18 a 34 e 35 a 44 anos, com um aumento de 41,5% entre homens de 35 a 44 anos de 2003 a 2004 até 2011 a 2012. Em análises de 1.165.960 beneficiários de taxa por serviço do Medicare hospitalizados entre 2009 e 2013 foram por acidente vascular cerebral isquêmico. Os pacientes tratados em centros de AVC primários certificados entre 2009 e 2013 tiveram internações hospitalares mais baixas por 30 dias e mortalidade de 1 ano quando comparados com aqueles tratados em hospitais não certificados. A especialização em Acidente Vascular Encefálico: Abordagem Multidisciplinar proporciona condições para que os estudantes adquiram conhecimentos teóricos e com a prática multidisciplinar, por exemplo: A fisiologia do exercício para pacientes neurológicos e a prática baseada em evidências aplicada ao AVC, somando as habilidades e as competências, o que resulta em um desenvolvimento profissional com foco na segurança e na qualidade do tema, visando menos complicações e sequelas dessa população. O curso ainda compreende a apresentação da neurociência do movimento e da compressão da fisiologia do exercício aplicada ao paciente neurológico e busca a associação da neuroanatomia e da neurofisiologia do sistema nervoso central com as doenças vasculares que acometem da criança até o idoso. Por fim, promover a compreensão dos conceitos gerais, modelos de pesquisa, tipos de pergunta e a maneira de encontrar a evidência fazem parte do contexto para o uso das bases de dados para a melhor prática baseada em evidências.