Pós-Graduação EAD
Análises Clínicas

A história das Análises Clínicas pode ser rastreada através de vários séculos. Nos tempos medievais, médicos Hindus faziam urinálises empíricas quando observavam que algumas urinas tinham sabor adocicado e atraíam formigas. Com a invenção e melhoria do microscópio no século 17, o estudo de espécimes vivos progrediu da simples observação visual para a observação microscópica. Os exames de laboratório têm agora um papel essencial na medicina. Trabalhadores especialmente treinados agora formam a maioria da força de trabalho nos laboratórios clínicos. Hoje temos: trabalhadores especialmente treinados; tecnologia avançada; ampliação dos campos de trabalho e mudanças no serviço de saúde. Os laboratórios clínicos geralmente operam com subdivisões de setores que variam de laboratório para laboratório, em geral, setores de hematologia, imunologia, microbiologia, bioquímica e urinálise, parasitologia, banco de sangue e coleta de amostras. Os exames clínicos sofreram uma transformação sem precedentes nos últimos dez anos. A revolução ocorreu longe dos olhos dos pacientes, no centro nervoso dos laboratórios – o local de análise dos exames. Tudo começou com a chegada de máquinas capazes de investigar uma amostra de sangue ou de urina em poucos minutos, com uma margem de acerto que beira os 100%. Velozes e precisos, esses aparelhos mudaram até a configuração espacial dos laboratórios de análises clínicas. Para se ter uma idéia do impacto dessas mudanças, basta lembrar que, atualmente, o resultado de um hemograma demora no máximo seis horas para chegar às mãos do paciente. Há dez anos, ele tinha de aguardar, no mínimo, um dia. A redução no tempo da entrega de um diagnóstico ao paciente é reflexo da velocidade com que os equipamentos mais modernos trabalham. Hoje, a análise de um hemograma é feita em apenas dois minutos. Uma década atrás, o mesmo exame levava, em média, uma hora para ser concluído. Isso porque o sangue tinha de ser colocado no microscópio e analisado por olhos humanos. Além de o procedimento demorar mais, a probabilidade de erro na interpretação dos resultados era bem maior. Outra inovação é o fato de o recipiente usado para a coleta de sangue ser o mesmo durante todo o processo de análise da amostra. Até os anos 90, esse material passava por no mínimo três tubos de ensaio até que o diagnóstico fosse concluído – o que aumentava os riscos de contaminação e, conseqüentemente, de resultados equivocados. Como o processo de análise clínica está mais seguro e mais rápido, a quantidade de material coletado também pode ser menor. Para os testes sorológicos, no diagnóstico de doenças infecciosas e autoimunes, por exemplo, é necessário hoje um décimo do volume de sangue que era exigido na última década. Aperfeiçoaram-se também os reagentes químicos usados para a investigação laboratorial. Mais precisos, eles não sofrem alterações na presença de substâncias estranhas ao material coletado – como o açúcar e a gordura. Na prática, para o paciente, isso significa que o jejum necessário para a realização do exame pode ser mais curto. Caiu de oito para três horas, em média. Porém, deve-se levar em consideração, que no Brasil ainda existem muitos laboratórios onde todo o processo de análise é realizado manualmente, e não dispõem de toda essa tecnologia, mostrando ainda mais a importância do profissional especializado e treinado, capaz de realizar os exames da maneira mais fidedigna possível. O objetivo do curso é proporcionar conhecimentos sobre técnicas utilizadas em laboratórios clínicos, através da validação dos estudos teóricos. Especialização, atualização e aprimoramento de metodologia, técnica e interpretação de exames laboratoriais dos diversos setores da área de Análises Clínicas.