O câncer infanto-juvenil (abaixo de 19 anos) corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Os cânceres de crianças e adolescentes são considerados mais agressivos e se desenvolvem rapidamente. Por outro lado, os pacientes infantis respondem melhor ao tratamento e as chances de cura são maiores, se comparado com o público adulto.

A cada três minutos uma criança morre de câncer e a cada ano, mais de 400.000, com idades entre 0 e 19 anos são diagnosticadas com câncer em todo o mundo, conforme divulgado pela Associação Médica Brasileira. Diferentemente dos cânceres dos adultos que podem ser prevenidos, as causas da maioria dos cânceres infantis ainda são desconhecidas. Mas, graças aos progressos significativos das pesquisas clínicas e tratamentos, cerca de 80% das crianças e adolescentes diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados, podem ser curados.

O câncer infanto-juvenil deve ser estudado separadamente do câncer do adulto por apresentar diferenças nos locais primários, origens histológicas e comportamentos clínicos. Tende a apresentar menores períodos de latência, costuma crescer rapidamente e torna-se bastante invasivo, no entanto, responde melhor à quimioterapia. A maioria dos tumores pediátricos apresenta achados histológicos que se assemelham a tecidos fetais nos diferentes estágios de desenvolvimento, sendo considerados embrionários. Essa semelhança a estruturas embrionárias gera grande diversidade morfológica resultante das constantes transformações celulares, podendo haver um grau variado de diferenciação celular. Por essa razão, as classificações utilizadas nos tumores pediátricos diferem das utilizadas nos adultos, sendo a morfologia o principal aspecto considerado.

No Brasil, são esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025 e 70% dos casos estão previstos para as regiões Sul e Sudeste. Ao todo, foram estimadas as ocorrências para 21 tipos de câncer mais incidentes no país, e entre o rol dos tipos de câncer, está o infantil.

Na infância, os tipos mais comuns de câncer são as leucemias (câncer da medula óssea), os linfomas (câncer do sistema linfático) e os tumores de sistema nervoso central.

O enfermeiro, por sua vez, deve conhecer as principais doenças, suas manifestações e impactos, cuidados especializados, sendo capaz de identificar as particularidades de cada momento, havendo assim, a promoção de uma assistência eficaz e humanizada.

Diante deste contexto, é necessário preparar e capacitar profissionais de enfermagem para que estejam aptos a prestar os mais diversos cuidados ao paciente oncológico pediátrico, em todos os níveis de cuidado.

Com uma estrutura curricular voltada para as múltiplas necessidades em oncologia pediátrica, este curso se propõe a preparar o profissional de forma ética e humanizada para que seja capaz de atuar em empresas públicas ou privadas, locais, regionais e nacionais.