Pós-Graduação EAD
Farmacoterapia e Segurança do Paciente

Em 2019, na 72º Assembleia Mundial de Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trouxe um dado preocupante, onde um em cada quatro pacientes sofre algum dano associado ou causado pelo cuidado em saúde, entre eles os erros de medicação que tem um custo global estimado em 42 bilhões de dólares por ano. Não surpreende, portanto, que a segurança do paciente tenha se tornado uma emergência global e muitas nações estejam colocando esta pauta como prioridade em saúde. No Brasil, em 2013, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), através da Portaria GM/MS nº 529/2013, posteriormente substituída pela Portaria de Consolidação nº 5/2017, que visa contribuir para qualificação do cuidado em saúde em todo os estabelecimentos de saúde, com ações que se articulam e integram-se as demais políticas de saúde, tendo como objetivo central somar esforços aos cuidados de rede de atenção à saúde, assim como a RDC/Anvisa nº 36/2013, que, ao encontro desses objetivos, institui ações de segurança do paciente em serviços de saúde, regulamentando e ressaltando pontos básicos para a segurança do paciente, como os Núcleos de Segurança do Paciente, a obrigatoriedade da notificação dos eventos adversos e a elaboração do Plano de Segurança do Paciente, a Portaria GM/MS nº 1.377, de 09 de julho de 2013 e a Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013 que aprovam protocolos básicos de segurança do paciente Em todas as discussões, normativas, portarias e resoluções acerca da segurança do paciente, ela é caraterizada como a redução a um mínimo aceitável do risco de dano desnecessário associado ao cuidado em saúde. Nesse espoco, está incluída a segurança no uso de medicamentos, reconhecida como à prevenção, manejo de erros relacionados ao uso de medicamentos e consequentemente danos no decurso do seu uso. A segurança no uso de medicamentos em uma instituição inicia-se pelas etapas farmacêuticas de seleção, programação/aquisição, recebimento, armazenamento, fracionamento e/ou unitarização, distribuição/dispensação adequada dos medicamentos e expande-se até a atuação clínica. Farmacêuticos são profissionais da saúde essenciais em uma equipe multiprofissional de cuidado ao paciente, possuem competências e maleabilidade que os permitem trabalhar em vários ambientes: comunidades, hospitais, indústrias, assuntos regulatórios, entre outros, envolvendo-se, portanto, em funções de cuidado direto ou indireto aos pacientes, vivenciando então vários cenários e oportunidades de contribuírem para uma assistência segura e de qualidade, desempenhando uma série de papeis. O farmacêutico possui um papel ativo frente à terapêutica e ao cuidado ao paciente dentro de uma instituição de saúde, sendo fundamental seu preparo para um envolvimento assertivo no que tange as práticas que auxiliam a segurança do paciente. O curso de pós-graduação Lato Sensu em Farmacoterapia e Segurança do Paciente foi criado com o intuito de oferecer aos profissionais da saúde, principalmente aos farmacêuticos, uma compreensão abrangente dos princípios da farmacoterapia e das estratégias, garantindo a segurança dos pacientes durante o uso de medicamentos. O curso visa capacitar os alunos a aplicarem esses conhecimentos na prática profissional, conscientizando sobre o uso racional de medicamentos, prevenindo reações adversas e melhorando, assim, a adesão ao tratamento. O objetivo principal é garantir que os profissionais estejam bem-preparados para o mercado de trabalho e para fornecer cuidados de saúde de alta qualidade e eficazes aos pacientes, contribuindo para melhores resultados clínicos aliados a uma prática mais responsável e ética.