A disfunção temporomandibular (DTM) caracteriza-se como um conjunto de alterações articulares e musculares na região crânio-orofacial resultam em dores na região da articulação temporomandibular, facial, mandíbula, na mastigação e limitação da abertura bucal, zumbido, sendo a cefaleia o sintoma mais prevalente. Pode acometer todas as faixas etárias, sendo observada maior incidência entre mulheres de 20 e 45 anos. Por apresentar etiologia multifatorial e devido às suas diversas manifestações, a DTM deve ser tratada por vários profissionais, envolvendo equipe multiprofissional. A necessidade do trabalho conjugado e a inter-relação das profissões se devem à conscientização das limitações e possibilidades da especialidade de cada profissional e, assim, a busca por auxílio determina o melhor tratamento ao paciente. Os profissionais da saúde que possuem ligação são o cirurgião-dentista, ortodontista, fonoaudiólogo, neurologista, psicólogo, fisioterapeuta e o otorrinolaringologista.
Em relação ao tratamento fisioterapêutico, a propedêutica se baseia em terapia manual, acupuntura, Reeducação Postural Global (RPG), estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), ultrassom e laser. A fisioterapia mostra-se efetiva nos objetivos melhorar a dor e a amplitude de abertura bucal em pacientes com disfunção crânio-mandibular.
Diante do exposto, o Curso de Pós-graduação em Fisioterapia na Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial visa apresentar os entendimentos relacionados à fisiopatologia, ao tratamento fisioterapêutico e capacitação profissional para que seja utilizado os melhores recursos junto ao paciente. O profissional especialista poderá atuar em consultório, em clínicas, ambulatórios e sistemas públicos de saúde, desde a atenção primária às DTM e outras dores orofaciais à reabilitação (atenção terciária), por meio de técnicas de investigação, diagnóstico e planejamento coerentes, fundamentadas em bases científicas sólidas e conceitos atuais.