O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. No Brasil o processo iniciou-se a partir de 1960 e as mudanças se dão a largos passos. Em 1940, a população brasileira era composta por 42% de jovens com menos de 15 anos enquanto os idosos representavam apenas 2,5%. No último Censo realizado pelo IBGE, em 2010, a população de jovens foi reduzida a 24% do total. Por sua vez, os idosos passaram a representar 10,8% do povo brasileiro, ou seja, mais de 20,5 milhões de pessoas possuem mais de 60 anos, isto representa incremento de 400% se comparado ao índice anterior. A estimativa é de que nos próximos 20 anos esse número mais que triplique. O envelhecimento contínuo da população acarreta várias implicações que afetam direta ou indiretamente, diferentes esferas de uma organização social, econômica e política. Na área da saúde, as consequências dos diversos fenômenos envolvidos com o envelhecimento, fazem se sentir de forma mais clara e imediata. Infelizmente, nosso país ainda não está preparado para atender às demandas dessa população. A Política Nacional do Idoso assegura, em seu art. 2º, direitos que garantem oportunidades para a preservação de sua saúde física e mental, bem como seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social em condições de liberdade e dignidade. Há deficiência na quantidade de profissionais, na estrutura física e na rede de exames complementares para atender à necessidade de saúde dos idosos. O impacto da crescente massa de populações idosas não somente sugere a necessidade de desenvolvimento de técnicas e metodologias de atendimento diferenciado, mas advém também pela questão fundamental da utilização mais intensiva dos serviços e equipamentos de saúde por parte da população em idades mais avançadas. Para a especialidade na área de Odontogeriatria, busca-se conceitos para que o profissional tenha condições de interagir com os demais profissionais na área de saúde, responsáveis pela saúde do idoso, bem como entender as diversidades da área, envolvendo aspectos gerontológicos no atendimento ao paciente senil. Desta forma, a educação continuada, incluindo tópicos como técnicas de diagnóstico, visão global do envelhecimento, doenças sistêmicas relacionadas ao idoso, diagnóstico bucal, farmacologia geriátrica abrangendo: dentística, endodontia, periodontia, cirurgia, radiologia, semiologia, integração multidisciplinar, atendimento geriátrico em consultório, ambulatorial e “Home care”, conceitos básicos em cirurgias serão ministrados durante o curso, além de próteses em odontogeriatria e o uso de terapias comportamentais e farmacológicas para o controle da dor. Nesse contexto, o ensino à distância permite ao aluno apropriar-se desse conhecimento, gerindo o seu tempo de acordo com suas necessidades pessoais, e tendo a possibilidade de aplicar seus conhecimentos dentro dos diferentes setores da sociedade em que atua.