Plantas medicinais, condimentares e aromáticas representam uma ampla categoria de plantas com uma gama igualmente ampla de usos. Além de serem utilizadas na medicina popular e na formulação de remédios, tornam os alimentos e as bebidas mais agradáveis, fornecendo grandes benefícios calóricos ou outros benefícios nutricionais. Quantidades relativamente pequenas dão sabor aos alimentos, geralmente sem medo de efeitos adversos. No entanto, não deve ser esquecido o papel dessas plantas na preservação dos alimentos, reduzindo a deterioração e disfarçando ou dominando o odor e o sabor dos alimentos estragados. Como não há uma determinação clara, uma determinada planta pode ser considerada como medicinal, condimentar ou aromática. Como a planta ou seus produtos são usados geralmente determina a categoria.

Os tecidos vegetais envolvidos na utilização das plantas podem incluir folhas, caule, casca, raiz, bulbo, rizoma, broto, flor, fruta e semente. Um grande número de ervas culinárias comumente usadas é encontrado em regiões de cultivo tropicais e temperadas e são membros das seguintes famílias: Boraginaceae, Asteraceae (Compositae), Brassicaceae (Cruciferae), Lamiaceae (Labiatae) e Apiaceae (Umbelliferae). Muitas especiarias comumente usadas estão nas famílias: Lauraceae, Myristicaceae, Piperaceae e Zingiberaceae. De forma alguma esta lista de famílias está completa; ervas medicinais são especialmente diversas no que diz respeito à sua taxonomia botânica.

O valor das plantas medicinais, condimentares e aromáticas resulta da variedade de compostos químicos incomuns contidos nos vários tecidos vegetais. Esses compostos são responsáveis pelos sabores, odores ou qualidades medicinais específicas associadas a cada espécie. Uma característica distintiva comum à maioria são os óleos essenciais. Os óleos essenciais são compostos altamente aromáticos, geralmente de estrutura química de benzeno ou terpeno ou de hidrocarbonetos de cadeia linear de comprimento moderado. Outros compostos ativos encontrados podem incluir alcaloides, taninos, terpenoides, esteroides e glicosídeos. Devido ao complexo conjunto de produtos químicos, a duplicação sintética completa do ingrediente ativo, seja sabor ou medicinal, muitas vezes permanece indescritível ou economicamente impraticável. No entanto, os avanços na instrumentação analítica identificaram e quantificaram muitos dos componentes, e alguns podem ser produzidos sinteticamente ou aproximados.

O interesse humano por essas plantas é antigo. A longa associação de ervas e atividade humana resultou em uma abundância de folclore transmitido através dos tempos. Embora algumas informações sobre os efeitos das ervas possam ser questionáveis, muitos atributos são válidos e requerem consideração séria. O consumo dessas espécies é datado em escritos antigos de mais de 5.000 anos atrás. Milhares de anos de uso são rastreáveis no que diz respeito às suas contribuições na preparação de alimentos.

O comércio de ervas e especiarias continua como uma atividade mundial importante e única. O comércio regional e internacional se desenvolveu porque as pessoas em todo o mundo anseiam por sabor e utilizam ervas e especiarias para aumentar o prazer de seus alimentos. O comércio existe porque, em muitos países, a produção doméstica não é possível e as regiões produtoras frequentemente não coincidem com as áreas de consumo. A imigração e as viagens em todo o mundo também oferecem oportunidades para muitas pessoas experimentarem e adquirirem o gosto pelos muitos produtos de ervas e especiarias existentes.

Portanto, a pós-graduação em Plantas Medicinais, Condimentares e Aromáticas visa contribuir para os conhecimentos dos participantes sobre as técnicas de cultivo e comercialização de plantas medicinais, condimentares e aromáticas e suas aplicações. Os profissionais formados neste curso deverão atender à demanda por profissionais altamente qualificados, frente aos novos desafios do agronegócio, da preservação ambiental e principalmente que precisem atuar em instituições públicas e ou privadas. O crescente aumento na procura por produtos naturais tem permitido a viabilização da produção agrícola em condições competitivas. A partir daí são desenvolvidos trabalhos em setores como:

• Agrário

• Científico

• Agroindustrial

• Educacional e outros.

Desse modo, o curso busca assegurar a formação de profissionais que exerçam técnicas fundamentais sobre a alimentação da população que cresce a cada ano, contribuindo diretamente para a segurança alimentar, saúde e nutrição das pessoas.