Considerando o indivíduo na sua dimensão global – sem perder de vista a sua singularidade, quando da explicação de seus processos de adoecimento e de saúde, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) corrobora para a integralidade da atenção à saúde, princípio este que requer também a interação das ações e serviços existentes no SUS. Estudos têm demonstrado que tais abordagens contribuem para a ampliação da corresponsabilidade dos indivíduos pela saúde, aumentando, assim, o exercício da cidadania. Nesse sentido, em março de 2018 os pacientes do SUS foram beneficiados com 10 novas Práticas Integrativas e Complementares, totalizando 29 práticas integrativas. Os tratamentos utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão. São elas: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. As terapias estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica. Em 2017, foram registrados 1,4 milhão de atendimentos individuais em práticas integrativas e complementares. Somando as atividades coletivas, a estimativa é que cerca de 5 milhões de pessoas por ano participem dessas práticas no SUS. Assim, fica evidente a demanda por um curso de Pós-Graduação em Medicina Integrativa e Complementar do SUS com intuito de especializar e aprofundar os conhecimentos dos profissionais que atuam diretamente com a saúde pública. O curso de Pós-graduação em Práticas Integrativas e Complementares à Saúde tem como objetivo geral formar profissionais com uma base sólida de conhecimentos técnico-científicos sobre as bases das Práticas Integrativas e Complementares em saúde.